terça-feira, 31 de maio de 2016

Promoção Dia dos Namorados Marré Infinito

A hora é agora...
para quem esta curtindo meus looks Infinitos e está louca para esbanjar beleza e elegância,a hora é realmente agora.

Promoção Dia dos Namorados Marré Infinito

É muito simples participar.

Regulamento

1- Curta a página da Marré Infinito. (www.facebook.com/marreinfinito)
2- Curta a foto OFICIAL (no topo da Fanpage).
3- Compartilhe a foto OFICIAL (no topo da Fanpage).
4- Marque 3 amigas na foto OFICIAL (no topo da Fanpage).
5- Clique em QUERO PARTICIPAR no link do SORTEI.ME.

O prazo para entrega do premio será de até 30 dias.
As referencias das peças são: 1 Brinco S056DEV2 + 1 Colar S056DEV6 (o conjunto não possui Anel nem Pulseira)
O valor do frete será por conta da Marré Infinito (via PAC Correios).
Em caso de não haver sucesso no contato para coleta de dados e endereço do ganhador, em até 72h faremos novo sorteio.

Pronto, agora é só torcer.

Seja Infinita você também!!!



sábado, 28 de maio de 2016

Que feriado lindo

Hoje o voo foi simplesmente espetacular.
Reunimos no posto as 10h da manhã, a turma estava animada pra tirada, o dia maravilhosos, térmicas pra todos os lados, mas com rajadas de vento.
Galera animada pra tirada

O vento estava um pouco lateral, mas nada que atrapalhasse na decolagem, pois estava subindo tudo no vale.
Ciclos e ciclos, muita atenção na decolagem, logo que chegamos davam umas caladas de dar medo, pois eram paredões de térmicas na cara da rampa.
Hoje é o dia muito fácil de subir e muito fácil de descer, decolar na hora errada poderia ser perda de voo na certa.
Apesar do vento forte, com as caladas, logo se notava que não era voo de montanha e sim de vale, era arriscar no tudo ou nada, e eu decolei pro tudo.
Estava pronta pra decolar, todos aguardando a hora certa, pois dois pilotos tinham ido na frente, mas sem muito sucesso, como falei, dia fácil de subir e fácil de descer.
Nossa região é altamente técnica para estes dias específicos, um errinho na análise do ciclo o piloto vai pro chão mesmo, porque quando a termal faz o paredão, ficamos numa descendente animal, sem condições de passar e pegar a ascendente, e as descendentes as vezes parecem ser maiores que as ascendentes.
Quando decidi decolar já tinha na cabeça ir pro tudo ou nada no vale, minha vela não sustenta tanto, então era a melhor opção, mas quando joguei no vale, saindo pela direita da rampa, passei nossa linda pedra, sem ganhar nada só descendo e joguei no vale, já tinha cantado pra um piloto na rampa, era voo de vale e não de montanha.
Por um instante achei que iria pro pouso e já estava feliz, pois iria almoçar, o sol na rampa estava extremamente quente, mas eis que no meio deste caminho bati em uma térmica linda e dela não desgrudei mais, ganhei a montanha novamente e fui embora, girando, girando sem parar, deixando a deriva me levar sem medo, pois o céu estava lindo, pomponzinhos pra todos os lados. Quando subi tudo já avistava Taquaruçu, já sabia que era hora de tirar pra cidade.
Na hora que virei de costas pra rampa e decidi ir embora, não peguei mais nada, sustentou um pouco, mas depois só pra baixo, cheguei alto no posto onde deixamos os carros, então decidi jogar em uma queimada pois a fumaça estava subindo começando a ficar reta em uma térmica indo em direção a nuvem, só que ela não chegou à nuvem, e ainda faltava muito pra chegar lá.
Fui na reta da fumaça,mas nessa hora que ela começou a subir reto, estava muito longe ainda.

Mesmo assim fui decidida, e quando cheguei a fumaça já estava deitada novamente, já estava baixo, deu pra sentir o calor da queimada, então resolvi olhar pouso, mas para facilitar ia jogar mais a frente. As fagulhas da queimada já apareciam, eu já estava muito baixo. E decidi pousa no Parque Cesamar, Tinha um lugarzinho lá que parecia ser bom pra pouso, fiquei atenta a todos os postes e fios e pra lá fui.
Com o trem de pouso já preparado eis que bato numa monstra turbulenta e os fagulhos aumentam e veio aquela adrenalina, eu estava muito baixo, casas e prédios em volta, rodar, ou brigar pra pousar? Deu um gelo na espinha, em cima de cidade é um desconforto terrível.
Não dava pra brigar, então comecei a rodar, derivando bem pouco, toda hora olhava para o pouso, ainda estava ali de um jeito que daria pra voltar, pois a térmica ainda não estava redonda para eu confiar a ponto de me deixar levar.
E de repente, tudo ficou muito turbulento, então resolvi encarar ela mesmo e não sair mais, então rodei, derivei e olhei outras opções de pouso.
Já estava fácil deixar levar, pois já tinham mais opções, mas acabou que neste rodei rodei rodei até chegar na praia, quase na base da nuvem, cheguei na Graciosa muito alto e ainda ganhando. Tinha uma nuvem muito grande por lá, isso eu já estava acompanhando o terceiro pelotão que estava vindo também, mas consegui ver apenas um pousando no meio da cidade, daria pra arriscar atravessar o lago, mas sozinha não me animei, fico muito preocupada, depois que graça que tem, não poder partilhar da alegria com alguém...
Fiquei um bom tempo voando em cima da Graciosa, admirando essa maravilha, a cidade, o lago, as ilhas, a Serra, a visibilidade estava  incrível.
É lindo demais, cheguei na hora certa, dava pra atravessar, mas Acrocrosss tem que ter acro.

Eu amo tirar do chão, mas dentro da cidade, confesso que fiquei muito tensa, por isso fiquei um tempo voando e admirando, porque estava doida pra chegar alto na praia, pra poder treinar, e estava tão adrenada quando cheguei que não conseguia fazer nada.
Quando vi minha altura vi que dava pra atravessar o lago, ai veio a vozinha da minha mãe:
"Márcia, como vocês fazem para atravessar o lago? É tão grande, e se não der o que vai fazer?"
Eu: Mãe, atravessamos em cima da ponte, qualquer coisa, pousaremos lá.
Ai ela ficou pensativa....do tipo, mas a ponte não tem lugar pra pousar...kkkk e é bem isso mesmo. Mas temos as ilhas, temos a ponte e hoje a altura que estava, achei o lago bem menor e com essa nuvem puxando tudo, iria tranquila.
Sozinha não vejo graça, então...passando um tempinho por lá pra passar um pouco a adrenalina da tiradinha do chão com fagulhos de queimada, respirei fundo e comecei a brincar, Satiei e balangolei.
Sat e Wingover.
Quando pousei, lá estava o Glaydson com sua namorada, que eu nem sabia pra onde ele tinha ido, pois um pouco antes da minha decolagem, ele estava perdendo em direção ao pouso, mas enquanto me arrumava pra decolar e esperava a hora certa, me concentrei só em mim, não vi que ele ganhou tudo e tirou pra Graciosa também.
Se eu soubesse que ele estava embaixo vendo, ai sim tinha metido a mão rsrsrsrs, pois se caisse na água, já teria ajuda.
Acabei pousando e ele já veio gritando: "Marcinhaaaaa, vão bora, temos resgate"

Voo fantástico.

Marré Infinito - Voando alto e em sintonia com a natureza.

Valeu Glaydson e Juliana pelo resgate.

Marcinha Finelli
Com amor e gratidão

Sobrevoando a cidade de Palmas TO


Hoje dia 27 de maio de 2016 o voo foi incrível, não tinha pretensão nenhuma de subir, queria colocar em dia as coisas, mas ai meu amigo ligou chamando e acabei falando o sim na hora.
Chegamos na rampa as nuvens estavam muito diferentes do habitual, um pouco escuras na base, mas bem pequenas e bem esfareladas.
O vento estava bem leste, inclusive na cidade, pois depois que fizeram a represa formando o lago o vento na cidade está geralmente oeste e nosso predominante é leste e em cima do lago sul, imagina que loucura.
O vento estava muito forte quando chegamos, o primeiro pelotão já estava tirando, todos muito animados falando no rádio e eu ansiosa já, pois quando piloto chega na rampa e vê todo mundo alto, já fica logo agoniado, era meu caso.
Mas tinham dois amigos na rampa que eu queria dar um apoio, ai começa a parte engraçada.
Falei com eles, vocês decolam primeiro, e depois eu vou. Nosso resgate já havia descido.
Já tinha um piloto voando que não arriscou sair com a galera do primeiro pelotão.
Quando chegamos estava tudo sombreado, inclusive na cidade, um clima bem atípico por aqui, pois estava subindo tudo e o vento estava muito fresco, muito sustentado.
Na hora que os dois decolaram havia saído um sol e o vento diminuído um pouco, mas foi a conta de conectar meu equipamento sombreou tudo de novo e o vento apertou.
Estava sozinha na rampa, geralmente não tenho problemas com isso, mas ultimamente temos que tomar cuidado com tudo.
Fiquei pronta apenas esperando o vento dar a sua caladinha, enquanto isso um dos rapazes já havia tirado, saiu pro cross, eu já tinha desistido dessa possibilidade, minha vela não tem muito planeio e estava tudo tudo sombreado.
Chegaram alguns turistas, 3 camionetes voltando do Jalapão a trabalho, isso foi até bom, pois qualquer coisa poderia pegar uma carona, e me senti mais segura pra decolar, mesmo com vento forte.
Minha primeira tentativa de decolagem não foi das melhores, inflei a vela na rajada e assim que ela foi pra minha cabeça, usei bem o freio, mas ela mesmo assim me tirou do chão e poft, queda na rampa na certa, não deu certo, desci um pouco mais, avaliei bem e fui de novo, decolei...dei tchau pro pessoal e agradeci o apoio.
Ficamos um tempo por lá, eu e mais dois pilotos, não subia e nem descia, estava muito sustentado.
E aproveitei o visual, a serra é linda demais, ainda mais agora que esta tudo muito verde ainda.
Não demora muito começa a subir e subir e subir....
E nesse subir, sustentado do jeito que estava, resolvi tirar, um dos pilotos perdeu essa oportunidade e o outro veio logo pra minha termal, juntos subimos tudo, ele voltou um pouco pra trás, fiquei sem entender, já que eu estava tirando pra cidade com vela de acro segura e alto, porque ele estava voltando, achei que poderia ser mais uma térmica boa, e acabei voltando um pouco, mas estava era perdendo altura, então decidi ir pra cidade sozinha mesmo.
Foi um voo deslumbrante, liso e com uma sustentação incrível.
Passei exatamente sobre o palácio, a praça é linda vista de cima, suas formas seu desenhos, iria pousar ali, já estava me preparando, mas depois pensei, estão todos na praia, vou mais pra frente um pouco. Não sabia se ia dar pra chegar, mas ia tentar.
E não é que cheguei na praia!!!
Poderia ter chegado um tiquinho mais alto, pra brincar um pouco, mas cheguei na altura suficiente para deslumbrar um pouco e depois pousar.
Voo lindo, valeu o dia, e amanhã tem mais.
Hoje concentrei apenas nas fotos e deixei o voo um pouco de lado.
Tirando pra cidade

Praça dos Girassóis, a maior da America Latina

O Palácio e o formato do Estado em calçada Portuguesa

 Minha mãe quando viu essa foto do Palácio, virou e falou logo: "Mas é proibido voar em cima do Palácio" 
Eu comecei a rir e falei: "Quem falou isso?"
Mãe: Eu tô falando
Eu: ai eu morri de rir kkkkkkkk
Minha mãe é uma comédia.
A felicidade está no AR

Pôr do Sol Graciosa



Marré Infinito 
Avaliando a condição na Rampa
Marcinha Finelli
Voando Super Sonic - Acrocross
Patrocínio: Marré Infinito

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Meu 1º SIV ( Simulação de Incidentes em Voo)

Quando se trata da palavra SIV dá até um frio na barriga para os novatos né verdade?
Hoje vou relatar pra todos como foi o meu primeiro SIV, muito emocionante e cheio de conquistas, e junto com ele veio mais uma rampa  nova na lista e muito aprendizado.

Ele está exatamente como escrevi há 10 anos atrás, sem mudar uma vírgula, no auge da emoção para contar aos amigos e compartilhar a sensação de estar lá em cima daquela lagoa.
O triste é que não tinha gopro e não estou achando o cd que o Alisson (filho do Alexis) editou, pois todos os pilotos que haviam participado do SIV ganhava um cd com as imagens e filmagens, Alissonnnnn cadê você????

Relato: SIV Joanópolis SP

Galera, não sei nem por onde começar...já sabem q o e-mail vai ficar um pouco grande, mas vai ai toda a experiência que adquiri no meu 1º de muitos e muitos SIVs que ainda farei pela frente.
Bom, cheguei em SP na quinta dia 7. O Daverson (grande amigo, valeu d+ Daverson, vc foi 10) me buscou no aeroporto, encontramos com o Hugo e fomos rumo a rampa de Pirapora, 95Km...e aqui já começa parte da emoção da viagem. Chegamos, o vôo estava um pouco merrecado, o vento um pouco lateral na rampa, e uns 3 paracas¹ voando (bem ralado mesmo). Fizemos um breve resumo do vôo no local. Agradeço a todos que se encontravam na rampa e de alguma forma passaram as dicas.
Beleza, o Daverson decolou, no momento estava começando a entrar umas rajadinhas. Ai o Hugo decolou e ficaram brincando um pouco na frente da rampa, pousaram na rampa, eu estava preparada pra decolar, apenas esperando o momento da caladinha. Ate que calou e decolei. Parece que a natureza estava apenas esperando minha decolagem para acelerar com tudo o vento...pois é galera, ainda bem que me emprestaram um radinho e foram passando as coordenadas, na realidade a galera já espera esta ventaca, mas achei que daria tempo de um preguinho, eis que após a decolagem não era nada mais do que um abajur no céu...rs. Subia tudo e não avançava nada. Ai começou o radinho: orelha, orelha, se não fizer orelha não vai descer...e assim foi, fiz orelha e tentando avançar direto pro pouso. Demorou pra caramba, o paraca queria fechar de orelha, nunca tinha visto isso na vida. Cheguei em cima do pouso pronta pra por o pé no chão, soltei a orelha e pronto, começou o pipipipi (alias, estava sem vario...rs, mas o costume do pipipi, já é psicológico), estava perto, acabei estolando a vela logo, pois o pouso era um tanto complicado, um morrinho super inclinado, coloquei o pé no chão e pufe pra trás. Foi um UFA no final. O lugar parece ser muito legal, a diferença que senti de todos os lugares que já voei, foi o relevo q se encontra a frente, uma doidera, peo menos onde pousei, pois era um morrote subindo.
Bom vamos ao melhor do feriado...meu CURSO DE TREINAMENTO DE PILOTAGEM.
Na sexta o Daverson me deixou no escritório do Aléxis (Piloto Safo), pra irmos pra represa. Lá mesmo checamos meu reserva, conversamos um pouco sobre meus vôos e o que eu gostaria de fazer, já fizemos um breve comentário de algumas manobras que eu poderia estar iniciando.
Chegamos na represa já eram umas onze da noite, encontramos o pessoal, coisa rápida, pois estávamos todos cansados e teríamos que acordar muito cedo.
Nos encontramos no café eram umas 7Hrs, estava rolando a maior ventaca², nem acreditei quando vi aquilo. Mas foi a melhor coisa q aconteceu, pois ai tivemos uma mega aula com o Kurt e o Aléxis.
O vento começou a diminuir e começamos os preparativos. Eu estava super ansiosa, nem consegui almoçar direito, quando pensava no reboque, nas manobras, dava um frio na barriga horripilante.
Entramos na lancha, respirei fundo e mandei ver.
Rolou:
1º vôo: Espiral, bem encaixada, não escutei o radio, ai fiquei um tempão, (eu já fazia espiral em meus voos, por isso estava tranquila, sai sem escutar o rádio porque estava ficando muito baixo mesmo), sai baixo, mas ainda fiz uma assimétrica, contendo o giro, girando para os dois lados e voando reto.
Essa questão do rádio é muito importante, porque eu coloquei o rádio do lado contrário ao giro que fiz, por isso o vento não deixou que eu escutasse a voz do Alexis, deixando ele um tanto aflito, porque ele mandava eu sair e eu não saia porque não escutava.
2º vôo: Pitch com colapso, foram realizados duas vezes, os dois consegui colapso assimétrico, entrando em giro e contendo o giro.
3º vôo: Full-stoll, nossa essa eu adorei, saída normal, depois full segurei e mantive um pouco de fly back.
4º vôo: B-stoll, super tranqüilo, mas bem pesado, tive que subir praticamente nos tirantes. Negativa, com saida em fly back. Na primeira não consegui segurar, sai da negativa direto (não é recomendável uma saída da negativa direta, porque a vela pode avançar muito), outra negativa, segurei e fiquei voando em fly back, deu até para sentir  o ventinho de trás, e fazer ate uma curvinha, soltei, saiu engravata bem na pontinha (não deu pra mandar full, devido altura, nem tive tempo de pegar o estabilizador), entrou em um giro alucinante, no qual consegui segurar, so que estava muito baixo, achei que ia pra água. Estabilizei bem e pousei na beirinha da lagoa com gravata (UFA quase deu água...rs)
5º vôo: SAT, entrei de primeira, nossa nem acreditei, foi muito lindo, sai, entrei de novo e de novo, foram 3 de uma vez com o comando do Alexis no rádio, gente foi lindo e muito emocionante.
6º vôo: um pouco do treinamento do WO fazendo pêndulos apenas com o corpo e depois de novo so que usando o freio (eita manobrinha difícil e muito técnica para velas grandes) Depois SAT sozinha sem radio e depois SAT de novo.
Total 5 SATs, perfeitinhos, sai SATsfeita.
To muito feliz com o resultado, foi um SIV com 100% de aproveitamento.
Um beijão pra todos, muito obrigada pelos elogios, pelas ligações querendo saber como foi e pelos e-mails.
A todos que me ajudaram de alguma forma...valeu muita gratidão ,todas as dicas foram de fundamental importancia.
Bons vôos a todos.

Kurt


Alexis, saudade eterna!



domingo, 15 de maio de 2016

Matéria para VooNews 2011 - Vale a pena conferir

Senta que lá vem História...
2011 foi um ano dedicado ao Voo Livre.
Com o pé na estrada ou no ar, dediquei ao meu esporte favorito. E estou colhendo os frutos maravilhosos que plantei.
Com apoio de minha família e grandes amigos, passei por vários lugares no Brasil, terminando o ano em uma viagem fantástica no Chile.
Estive presente em: campeonatos, encontros e passeios. Todos muito marcantes, cada um com suas particularidades.
Vários convites surgiram, inclusive, fazer parte da equipe Sol Free Rider Team.
Dentre esses, um inédito, uma grande surpresa, meu primeiro salto de helicóptero, realizado em Iriri-ES.
O primeiro evento a se realizar no Brasil com pilotos de parapente saltando de um helicóptero, levando suas velas dobradas em uma bolsa chamada D-Bag. Muita adrenalina, muita responsabilidade nas dobras do equipamento, tudo muito novo para a maioria, e a sensação de estar ali fazendo parte deste evento foi formidável. O dia estava lindo, o mar verde água sem fim no horizonte e o coração a mil. Após o primeiro salto eu só pensava no que inventaríamos depois. E olha que ainda fizemos vários saltos no decorrer do ano.
Com certeza inventamos alguma coisa, estávamos em Castelo-ES um dia antes do Brasileiro e só escuto Maurício(Gatinho): “Vamos fazer um D-bag de parapente duplo?” Minha resposta foi imediata: “Só se for agora!” E o que era um duplo virou um triplo, eu, Maurício e a repórter. Salto perfeito e revigorante que sempre me deixa com gostinho de quero mais.
As viagens não pararam, passei por Alfredo Chaves, Anchieta, Andradas, Belo Horizonte, Boa Esperança, Carrancas, Castelo, Catas Altas, Itabira, Iriri, Iquique, Guarujá, Linhares, Niterói, Poços de Caldas, Rio de Janeiro...enfim, longas viagens e inesquecíveis trajetos e vôos.
Em Iquique-Chile, pude além de apreciar um visual deslumbrante, evoluir muito, treinando com pessoas experientes, trocando idéias, tirando minhas dúvidas, aperfeiçoando novas manobras e recebendo muitas dicas.
Muito vôo, muita acrobacia, muita evolução, comi, dormi e respirei vôo livre.
A coisa mais importante que aprendi nos meus anos de vôo foram:
- Escute os mais velhos, não pense que nunca acontecerá com você, porque uma hora “pode” acontecer;
- Paciência e dedicação, voar não é como andar de bicicleta, requer prática, seja um vôo acrobático, seja um vôo de final de semana, todos pedem habilidade e prática;
- Trabalhe sempre sua ansiedade, pois temos uma vida pela frente para aproveitar e pode ser voando.
- Conselhos? Apenas para quem os pede.
Você pode ter vontade, energia e muita confiança, no fundo mesmo, nós precisamos da natureza da medo que nos protege e do respeito.
Dizem que as mulheres são mais cautelosas que os homens. Escutei diversas vezes, acho que devemos sempre estar no nosso limite, não mostrar nada pra ninguém e sim apenas para nós mesmos, nossos recordes pessoais, conquistas que nos alegram por dentro e transformam nossa fisionomia por fora.
Às vezes encontro pessoas que me inibem de tanta loucura que fazem. Não adianta conselhos para quem não quer ouvi-los, assim nada como o tempo para o aprendizado, mesmo tentando ajudar passamos o que temos que passar, é o que nos leva à evolução, esperamos apenas que seja sempre positiva.
E aqui começa uma nova amizade, eu você e Voonews!!
Bons Vôos e ótimos pousos.
Márcia Finelli
D-Bag no voo triplo em Castelo ES




 Com amor e Gratidão,

Marcinha Finelli , )( `

sábado, 14 de maio de 2016

Porque escolhi Acrobacia?

Todos os pilotos ficam curiosos para saber porque escolhi acrobacia. Aqui estará um "breve" relato de como tudo começou.
Entrei no esporte de cabeça, quando conheci o parapente ao vivo, desde então tinha certeza de que era isso que faltava na minha vida, e iniciei a aula no outro dia.
Quando estava fazendo os treinos e conhecendo o equipamento comecei a ler, ver vídeos, o que todo inciante louco pra tirar os pés do chão começa a fazer, é natural. Tinha sede de saber mais e conhecer mais sobre aquilo que estava aprendendo.
E um belo dia, achei na internet um vídeo em que o parapente fazia umas manobras que eu nem acreditava ser possível, e neste dia comecei a ficar com muito medo, mais do que o normal e pensava: E se um dia isso acontecer comigo, como vou fazer?
Neste instante percebi que não sabia nada, absolutamente nada do que eu estava fazendo, e com todas aquelas recomendações familiares, de que era um esporte perigoso, pra tomar cuidado...comecei a ficar preocupada e a partir desta preocupação busquei mais informações em dobro.
Antes de adquirir minha primeira vela voei em velas muito grandes e quando finalmente comprei a vela do meu tamanho para meu peso, meu voo se transformou, tudo ficou mais gostoso, mais fácil de entender. Eu voava no máximo da minha vela, gente isso era tão gostoso, para quem voava velas enormes, quando falo enormes eram enormes mesmo, eram vela de 110kg, eu peso 53kg, imagina isso que loucura.
Pegando minha vela nova, ai sim comecei a voar de verdade, sem medo de tomar fechada, pois a vela tinha pressão de verdade agora, estava sem uma vela boba na cabeça.
Comecei a conhecer novos pilotos e viajar muito, absorvia dicas de todos, sempre ouvidos abertos, não era de falar muito, se era dica boa absorvia, se era dica desnecessária descartava, mas não falava nada, porque quem vem te dar uma dica, vem de coração, quer seu bem.
E tinha uma coisa que eu fazia em todos os meus voos, a Espiral. Voar e não fazer espiral era como se não tivesse tirado os pés do chão, já me chamavam de Marcinha espiral na Moeda.
Um belo dia vejo um anuncio na internet: 1º Capeonato de acrobacia no Brasil, com presença dos melhores acrobatas do mundo. Aaaaa nesse dia fiquei louca, queria porque queria ir ver e conhecer e conversar com todos, mas estava na faculdade, minha mãe não ia gostar muito da ideia, mas logo anunciei la em casa e ela falou: 
"Não vou ajudar com nada, se vira e se reprovar, vou tirar tudo que você tem."
Eu tinha uma reservinha no cofrinho, pensei, se fizer a inscrição ela vai me ajudar, tenho certeza...
Ô inocência, cheguei em casa com a inscrição feita, ela nem deu ideia, falou de novo: se vira, mas depois deste dia, ela e meu pai me levavam todos os dias para treinar a mosca, era a única coisa que eu poderia treinar aqui..rs Eu e meu pai fizemos uma mosca no pouso e todos os dias a tarde depois da faculdade subiamos a Serra e o combinado era ir direto para o pouso, que tempo bom, nossa, realmente um tempo muito bom.
Corri atrás, o Alexis estava organizando o campeonato, me ligou, falou que eu poderia participar só se tivesse o SIV (simulação de incidentes em voo). Isso tudo em março e o campeonato aconteceria em novembro, ainda tinha tempo para fazer tudo, só tinha que arrumar o dinheiro e a licença da Faculdade.
Comecei a escrever oficio pra Deus e todo mundo, e finalmente através da Secretaria de Esportes como representante do Estado do Tocantins consegui apoio para realização de dois SIVs e as passagens aéreas.
Marquei o SIV para setembro. Essa correria toda, só pra ver acrobacia ao vivo e conversar com pilotos experientes e saber mais.
O SIV foi maravilhoso, também postarei o relato deste primeiro SIV. Aproveitamento espetacular, suguei tudo.
E o Campeonato, nossa que campeonato, estava deslumbrada com as manobras, com tudo aquilo que o parapente podia fazer.
Então a acrobacia surgiu na minha vida porque eu queria aprender a sair de qualquer situação absurda que eu pudesse causar no meu parapente, mas nesse meio tempo, me encantei e hoje não consigo mais ficar sem.
Com respeito ao meus limites sem me preocupar com competição fiquei muito bem colocada no campeonato. Para ficar tranquila eu pensava, estou em mais um SIV, só que agora com Pilotos que admiro e acabou se tornando uma pura brincadeira, eu estava feliz demais de ter conseguido chegar lá.
Escolhi a acrobacia para não errar, para não me machucar, para ter conhecimento total do meu equipamento e do que ele é capaz de fazer, isso me dá segurança.

Com amor e Gratidão

Marcinha Acro , )( `





terça-feira, 3 de maio de 2016

Looks Marré Infinito Coleção Destinos - Iquique Chile 2016

Mulher Infinita...











www.marreinfinito.com.br
http://marreinfinitosemijoias.blogspot.com.br/

Marcinha Finelli

Clínica de Lançamento de Reservas Internacional em Iquique - Chile


Que maravilha poder ministrar uma Clínica em Iquique, um lugar precioso onde se respira voo livre. 

Gostaria de agradecer a confiança e a parceria junto a Escola Cia do Vento, promovendo este encontro e incentivando seus alunos a buscarem mais conhecimento sobre seu equipamento.

São muitas informações, e muitos pilotos querem "sim" voar seguros e saber manusear seu equipamento, isto é maravilhoso.

Foi especial poder dividir conhecimento com todos, dos novatos aos mais experientes.


Que venham novas Clínicas como esta.

Algumas imagens.


Foto: Manu Cia do Vento

Rosa dos Ventos - Marré Infinito www.marreinfinito.com.br

Turma maravilhosa, parabéns pelo interesse em conhecer seu equipamento.

Um reserva deve ser dobrado de seis em seis meses, para que as borrachas não derretam agredindo as linhas.









Cada Piloto que passar pelo seu caminho, terá alguma coisa para lhe ensinar!

A Clínica sempre é muito produtiva, agende a sua também.
Marcinha Finelli




domingo, 1 de maio de 2016

Iquique - Chile Palo Buque

Palo Buque

Um lugar fora do comum.

A decolagem é feita do chão. Para alguns uma diversão, para outros muito cansaço e gasto energético. 
É necessário habilidades com seu equipamento ou a habilidade chega com os treinos no local, quase impossível sair deste paraíso sem um bom controle de vela.
O voo inicia de uma duna menor de aproximadamente 70 m, onde subimos controlando a vela e de passo em passo chegamos em uns 30/50 m e decolamos, vai depender da intensidade do vento para necessidade de subir mais ou menos. Assim que decolamos já começamos um lift¹ nesta pequena duna e sem muita demora logo tiramos para a maior e mais linda duna de 900 m.

Tudo é totalmente diferente, podemos ficar colados na duna e ir subindo gradativamente no lift ou jogar pra frente e ganhar nas térmicas², geralmente unem-se os dois para os fissurados em subir rápido como eu. A areia é fascinante, mas há de se tomar cuidado com a ilusão de ótica e as vezes a proximidade na duna durante a subida no lift.

O visual é simplesmente incrível, as vezes olhando apenas para a areia, a sensação é de estar na Lua, os desenhos que se formam no chão são lindos e subindo um pouco mais o olhar vem um mar sem fim.

Ficam imagens em minha memória do topo da duna, do sol batendo na água refletindo no paredão de areia, um tom que só Palo Buque tem, além de seus cactus no topo bem característicos da região.

É um lugar pra deixar saudade, um lugar que uma semana é pouco, um lugar que não dá vontade de ir embora, pois a rotina é maravilhosa, simplesmente porque ficamos o dia todo em voo.


Decolando para a imensidão
Aqui já estou ganhando a duna rumo ao topo, para tocar as nuvens
E no final do dia, limpar a vela para retornar ao Brasil e deixar o coração cheio de saudade
To be continue
Marcinha Acro

Com amor e Gratidão


1 - Lift é quando decolamos e aproveitamos o vento que bate na montanha e sobe, ele nos dá uma sustentação, o piloto deve ficar sempre a frente da montanha para aproveitar essa condição.
2 - Térmicas são as bolhas de ar quente que nos levam para cima. É a diferença de temperatura que as geram, geralmente reconhecidas como espirais como os redemoinhos que enxergamos na época de seca com muita poeira, chamados  de Dust.


Postagem em destaque

Olá meus amigos, que maravilha estar com vocês novamente. Direto do Ceará, vou contar tudo pra vocês. Que viagem incrível. Começou em ...