quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Lançamento de Reserva

Nossa esse artigo maravilhoso apareceu na lembrança do Facebook e resolvi compartilhar mais uma vez com vocês!

Paraquedas Reserva, assunto sério!
Clínica de Paraquedas Reserva, qual a sua real importância?
Quando iniciei este treino, foi pensando na formação que vem das escolas de vôo livre. Com certeza, dentro de uma escola os instrutores tem um roteiro para passar aos seus alunos. Formar um aluno não é nada fácil, e percebi que havia uma falha nessa área de lançamento de reservas e assim resolvi ajudar, já que são muitas informações e focos diferentes dentro do Curso de parapente.
Tive várias surpresas dentro de cada turma, pessoas que entraram em pânico, pessoas que não conseguiram lançar, pessoas que não acharam suas alças e por ai vai, como brinco sempre, morte horrível foi da maioria, o que não era pra acontecer. Posso falar que 30% conseguiram lançar o reserva corretamente e com agilidade que é necessária na hora de uma decisão crucial (salvar sua vida).
Hoje escuto ainda de várias pessoas a seguinte frase: “Aula de reserva? Pra que?”
Vou explicar agora porque existe esta aula:
Tivemos uma turma em Santa Rita do Sapucaí, duas pessoas com as seletes idênticas tiveram problemas ao efetuar o lançamento, o paraquedas reserva simplesmente não saiu do seu compartimento, por maior força que tenham feito para retira-lo, isso com o piloto em giro, o giro parou e só ai, conseguiram lançar, porque pararam olharam o que estava acontecendo e tiraram do compartimento, isso é muito sério. Lá em cima não tem esse tempo todo, infelizmente.
Eu em momento algum havia mexido nestas seletes, do jeito que a pessoa comprou e voava foi feito o lançamento, porque¿ Se essas pessoas estivessem voando e necessitassem do lançamento elas teriam que saber exatamente o que aconteceria do jeito que foi comprado seu equipamento, porque você tem que confiar na pessoa que esta te vendendo o mesmo.
Quem vende o equipamento NÂO tem que te ensinar a usá-lo, mas ele tem que estar apto para ser usado. Quem deve te ensinar a usar o seu equipamento é seu instrutor que é o responsável pela indicação de compra. Caso você já efetue a compra sozinho, a responsabilidade passa a ser sua.
Nunca falei mal de equipamento algum e nem vou falar, porque quando um equipamento é homologado, é porque ele foi testado várias vezes por profissionais e está apto para uso, simplesmente, cada um tem a sua particularidade e não sou representante de nenhum equipamento, logo não ganho vantagens falando mal ou bem do mesmo.
Para finalizar refizemos a simulação 3 vezes com cada piloto desta respectiva selete, em particular, porque não pode ficar nunca com nenhuma dúvida sobre seu equipamento.
Se o aluno fica com dúvida sobre a dobra e conexão do seu reserva, sempre faço tudo de novo, preguiça é o que não tenho e a aula é pra isso, para que o piloto não tenha dependência de ninguém e realmente saiba manusear seu equipamento completo.
Sobre a conexão destas respectivas seletes, refizemos o lançamento 3 vezes e o mesmo foi realizado com sucesso, onde os pilotos donos da mesma, entenderam o movimento necessário para retirada de seu paraquedas reserva, como dito anteriormente, cada selete tem a sua particularidade para o movimento realizado de retirada do seu compartimento.
Espero a partir deste artigo, ter tirado algumas dúvidas e distorções dos fatos ocorridos, caso alguém tenha alguma dúvida mais, por favor não deixe de entrar em contato, estarei a disposição.
Sobre a conexão do reserva no compartimento de sua selete, todos os reservas conectados por minha pessoa, foram retirados com sucesso inclusive vivenciei o lançamento de pelo menos cinco reservas abertos com sucesso conectados e dobrados por mim em hora de pani real, em vôo e em cima do chão e não simulações no chão ou em SIVs.
O que levo na bagagem hoje, foi através de vivência, estou no voo desde 2002 estive presente com os melhores do mundo em todos os eventos de acrobacia que aconteceram no Brasil e sempre tive que correr atrás, nada vem de mão beijada, tudo vem com seu investimento, agora sente e avalie se é necessário este investimento.
Agradecida pela atenção de todos,
Márcia Finelli

domingo, 7 de outubro de 2018

74,4km em Axixá

Gostaria de compartilhar com vocês esse voo delicioso que fiz em Axixá.

Um dia como outro qualquer, todos os Pilotos na rampa, estávamos em um pelotão bem bacana. Eu ainda me acostumando com a subida da serra a pé sempre ficava atrás nas arrumações pra dar uma recuperada no fôlego.  
O dia estava lindo e prometia, confesso que estava cansada, mas com todo mundo junto eu animava rapidinho.
Fiquei por último na decolagem, um tipo de auto sabotagem pelo efeito do cansaço.
A galera toda decolou e dei um enrolada demorando um pouquinho pra decolar, esse dia parece que era só pra mim. Todo mundo pregou, todo mundo mesmo, então pensei, nossa vou pro pouso, aproveitar o dia para descansar mais e amanhã volto recarregada e pronta pro recorde, #sqn kkkkk.
Gente,por incrível que pareça, o pouso de Axixá me repeli kkkkkk, já estava chegando para pouso desviando de todas as termais possíveis, para estar com os amigos, mas não teve jeito, um canhão saiu do chão e não tive como brigar.

Foto XCbrasil
Realmente bati o pé no chão e subiiii
Crente que iria pousar.

Estava indo tudo bem, até que...
Em uma só, deu base. Reparem no vário.

Tirando do chão, bati no teto de 2200m, fiquei pensando: "estou com resgate, vim pra voar, acho que eles não vão ficar tristes se eu tirar, porque se eu bater meu recorde, todo mundo vai ficar é feliz né?" 

Pensei duas vezes, na terceira, acabei me convencendo a partir feroz, virei pra Araguatins e fui embora. Que voo incrível, eu e o Bruno do Resgate, me diverti pra caramba, de base em base fui andando pra bem longe...far far way. O Bruno já estava junto comigo, e que resgate topíssimo, sabe aquele resgate que você passa sua localização e pronto, não tem muita conversa no rádio, assim não atrapalha nossa concentração, ele apenas está embaixo de você pro que der e vier. Tenho muito a agradecer ao bruno, super resgate.


Basta observar...eles fazem o meu caminho!

Antes de chegar em Araguatins eu perdi tudo, fiquei bem baixo mesmo, já havia reportado ao resgate que ficaria por ali talvez, #sqn, bati em outro canhão que salvou meu voo, só passei no rádio, vou atravessar pro Pará, afinal de contas eu amoooooo pousar em outro Estado.
Fui tocando o barco, essa travessia do rio Araguaia é alucinante, pensei, poderia sim pousar na praia, mas não teria todos os meus amigos lá comigo para mais um peixe delicioso, então o melhor mesmo era tocar pra frente.

O voo estava muito lindo, as nuvens estavam perfeitas,próximo a palestina tive outra perda gigante, todas essa baixas me fizeram perder muito tempo, mas como eu já tinha atravessado eu iria tocar pra frente até o fim, devagar e sempre.

Quando pousei o resgate já estava na estrada junto comigo, demais gente, foi bom demais, estávamos voltando, dessa vez eu e o resgate, os outros dias o carro estava tão lotado e neste dia era só eu, como é diferente. E eu doida pra ver a galera, ai cheguei em Axixá,não tinha niguém kkkkkkkk
Só um recado: Vai pra casa do Tiago, estamos te esperando lá.
Agradeço a Little Cloud Brasil, quem pagou a gasosa do resgate neste dia tão incrível.

A condição estava tão linda, que vou fazer um resumo.
Decolagem 14:45 ( me lembrei de Jaraguá este dia, que decolei as 14:30 e fiz 82km)
Sabia que não seria recorde, mas seria um km muito bom, sem contar que tudo é treino.
Atingi uma máxima 71,7km/h que máximo, a média se manteve nos 39km/h

Sabe dia perfeito pra brincadeira? Era esse e foi só pra mim. Todo mundo fica impressionado com minhas tiradas do chão, mas eu treinava acro voando sob o chão, pra treinar acro em cima do chão tem que ser muito alto, tipo na minha opinião 1000/1500m, e ganhar essa altura com velas de acro que são menores, ou você é muito bom pra subir, ou você voa em lugar extremamente forte.

Sei que cheguei em Imperatriz e foi a maior festa, foi muito lindo chegar lá e ser recebida com tanto carinho e admiração de todos. E começamos com as risadas, pois começaram a me contar as histórias de quem estava no pouso kkkkkk, só o making off a resenha de quem pregou.

O Carlão narrando meu voo e o Ney brigando com ele:

Carlão: Olha lá gente, ela está tentando sair da termal; (ele estava completamente certo, tentei e muito, achava injusto ir sem eles)
Ney: Vixi, só porque você tá no chão tá gorando o voo, deixa a mulher voar rapaz...kkkkkk

Gente, quero deixar bem claro, eu estava mesmo tentando pousar, não queria ir sozinha, é ruim voar sozinha, mas o voo foi incrível e ter vocês para me receberem com um super brinde e um peixinho delicioso no rio Tocantins, não tem preço, foi incríiiiiivel. O pouso foi em Brejo Grande do Araguaia, tantas histórias, estava com medo de pousar no Pará sozinha...

Neste dia especial voei do Tocantins, pousei no Pará e dormi no Maranhão, ainda tem alguma dúvida de que esse lugar é sensacional?

As imagens renderam apenas até Araguatins, infelizmente a bateria da câmera acabou e eu estava muito focada para pegar a outra no bolso.
Este foi apensa um dos dias...vem mais por ai.
Com amor  , )( `

Apoio:
Little Cloud Brasil
Marré Infinito
Naviter

A viagem começou, Chapada dos Veadeiros!

Senta que lá vem históriasss!
Como falei que iria compartilhar com vocês, quem quiser entra nessa barca e vamos viajar pelo Brasil, eu você e Louzada, passando por lugares inesquecíveis e conhecendo pessoas muito especiais.

Já fiz algumas trips de voo, todas foram surpresa, tipo: "Coisa de última hora mesmo", e essa foi uma delas.
Estava em Axixá de férias, além de ser um encontro de Pilotos de Parapente na Serra do Estrondo, era mais uma tentativa de bater meu recorde junto com minha equipe Little Cloud, não teria como ir pro Acroland em hipótese nenhuma, porque as passagens estavam o olho da cara, mas sabe quando as coisas vão se encaixando e de repente tudo fica melhor que o combinado? Resumindo...foi tudo muito mais que perfeito.

Tenho muito a agradecer essa parceria com Sandro Louzada, foi sensacional passar estes dias maravilhosos com você e com o pé na estrada, curtindo pôr do sol e nascer da Lua todos os dias só pra gente!

Vai ser difícil ser breve galera, mas vou fazer o máximo para isso, e acho que o melhor mesmo será dividir a trip em etapas e lugares e aqui vamos poder nos aventurar pela Chapada dos Veadeiros. 

Saímos de Axixá pra variar no melhor dia da temporada kkkkkkkkkkkk, éramos dois Pilokos no carro olhando para as nuvens na estrada e falando: Poxa, nenhum dia tivemos uma base tão linda...mas nem era lamentando não, porque nossa trip estava cheia de novas aventuras, era vibrando mesmo e tínhamos a certeza de que o recorde sairia com aquela condição. Foi dito e feito, no decorrer do caminho estávamos recebendo as novidades do grupo, e num é que bateram o recorde? 


Começando a viagem Eu e Louzada

Nossa primeira paradinha foi em Palmas mesmo, tentamos voar, mas era um dia daqueles de ventaca monstra, foi apenas um passeio pela rampa para o Louzada conhecer.
Não tínhamos muito tempo a viagem era longa e os planos de curtir os lugares não nos permitia demorar por aqui, seguimos logo no outro dia sentido Chapada dos Veadeiros, era lá nosso destino no momento.
O maior dos meus sonhos, voar na Chapada dos Veadeiros, esse ano de 2018 esta sendo simplesmente mágico, fiz o voo no Jalapão e agora já estava indo pra Chapada dos Veadeiros, tipo concretizando os sonhos que sempre tive na vida, quantas e quantas vezes passei de carro pela Chapada indo para BH...inúmeras e nunca tinha essa oportunidade incrível.
Deu pra aproveitar de tudo, cachoeira, voo, novos morrotes, represa...conhecer os Pilotos locais que nos receberam super bem, gratidão Bruno Dias, foi fantástico te conhecer, Leo e Hermes que delícia conhecer  as rampas com vocês, espero por todos aqui em Palmas e com certeza voltarei com minha Little Cloud para poder desfrutar deste paraíso com vocês.

Mas vamos contar um pouquinho sobre o voo, muitas pessoas querem voar na Chapada, sugiro que entrem em contato com os Pilotos locais, as rampas são incríveis e eles já conhecem como a palma da mão, cada rampa e o vento necessário para cada. O lugar é um mistério, não adianta tentar decifrar, só quem conhece mesmo e vive lá, pois quando você acha que está um vento...pode ser que você estará enganado, nem fica pensando muito não, porque os ventos canalizam de uma forma louca, características da Chapada mesmo. As rampas também são particulares, fui muito bem recebida em todas. Pessoal muito hospitaleiro, mas também estava acompanhada dos Pilotos locais.

Na Chapada conheci 3 rampas e consegui voar em uma, pela primeira vez na minha vida de passagem pela Chapada, estava fraco o vento. Inacreditável, porque sempre tem a maior ventaca. Lá é muito alto. Eu e Louzada como estávamos indo para o evento de acro, estávamos com velas pequenas, essas velas exigem um ventinho mais forte e sustentado, mas conseguimos nos divertir, eu fiz um voinho massa e Louzada brincou nos finais de tarde com seu paramotor, foi super legal e renderam lindas imagens ao pôr do sol.
Cada lugar lindo, Água Fria, Vale Verde e Anões. (lembrando que todos os lugares são particulares, recomendo mesmo o contato com o pessoal do voo, para não atrapalharmos a política de boa vizinhança, Pilotos de passagem as vezes não se preocupam com um pedido de licença, infelizmente).
Meu voo foi nos Anões, é um Fly & Hike, porque não tem como o carro descer para resgatar, como eu estava na atividade voltando de Axixá, acabei animando de fazer dois voos, condição muito fraca, o liftinho foi rápido.

Voamos, nadamos, caminhamos, rimos, dançamos, apreciamos, cantamos...foi perfeito, já estou com muita saudade.

Minha estadia na Chapada foi simplesmente perfeita, eterna gratidão pela acolhida Bruno Dias. Abaixo algumas imagens lindas do local mais energético do Brasil.

Flagrada nas lentes de Bruno Dias

Bruno Dias

Sandro Louzada e eu nas lentes de Bruno Dias

Pintura linda na oficina do Wanderlei, também Piloto de paramotor

Juro que se eu tivesse um caminhão igual ao do Wanderlei eu voaria de paramotor kkkkk
Admirando o admirável Voo nos Anões

Eu? Me jogo!

Cachoeira Almécegas 1 - Chapada dos Veadeiros

Almécegas 1 - linda!

Esq: Louzada, Eu e Hermes.
Esq: Sandro Louzada, Bruno Dias e eu


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Encontros de Pilotos de Parapente Serra do Estrondo 2018

A Trip era pra começar e acabar em Axixá TO, mas tudo muda e pra melhor sempre.
Fui para o encontro de Pilotos de Parapente na Serra do Estrondo com o objetivo de muita diversão e muitos voos deslumbrantes com travessia de Estados que amo tanto.
Os Pilotos locais são simplesmente demais, que lugar incrível e desta vez fui pra ficar muito tempo, seriam 15 dias, assim tive a oportunidade de conhecer muito mais os moradores e pude bater meu recorde e me divertir com os amigos das antigas e os novos, já virou tradição agosto em ir pro Bico do Papagaio.
Subir a Serra do estrondo é uma mega diversão, um desafio pra quem está lá para voar todos os dias, eu particularmente gosto muito desta aventura. É impossível falar tipo: "Hoje vou descansar" pois todos os dias o voo sempre é maravilhoso e não dá nem vontade de descansar, ficamos na atividade direto mesmo, e isso consome nossa energia, pois a subida é divertida mas é a pé, uma ótima forma de nos manter em forma, trabalhar nosso cardíaco, gosto muito.
Foram 15 voos, 15 subidas, as vezes rolava o famoso prego e eu subia de novo, sem mimimi, queria mesmo era voar e pra bem longe.
Os dias foram realmente inesquecíveis.
Tenho muito a agradecer, fui com o patrocínio da Little Cloud, com o apoio da galera local que nos fez uma recepção inacreditável, onde desfrutamos do rio Tocantins, do Rio Araguaia, boas gargalhadas e a busca por nossos recordes pessoais.
Felizmente mais uma vez bati o meu recorde, agora o recorde feminino do TO é de 113km, de um em um vou fazendo a festa.

Gostaria de dizer que fiquei extremamente feliz em estar com todos, cada um que passou pelo meu caminho saiba que é muito especial e fez toda a diferença nessa temporada, deixando meus dias mais incríveis, Parabéns aos recordistas, Major e Calango, vocês arrasaram, parabéns ao Samuka pelo curso ofertado, levando mais conhecimento e conquistas aos Pilotos locais, mais que merecido o recorde ser de alguém de casa.

Essa viagem vai ficar guardada no coração pra vida toda.
Com certeza no decorrer vou contando um pouco mais. É muita história pra contar, cada voo lindo de encher os olhos de lágrimas de tamanha emoção.

Gostaria de agradecer a parceria nos voos, nosso pelotão foi fantástico, Eu, Arthur, Cabeça, Carlão, Ney, Major, agradecer ao resgate que arrasou sempre o meu predileto Bruno que hoje se deslumbra como eu com o pôr do sol, meu mochileiro predileto também o Weslley, vocês foram extremamente importantes. Como deixar de agradecer ao Sr Manoel com seu reggae no pouso, sempre nos aguardando para fazer as tomadas de cada Piloko que chegava e ele sempre muito animado e feliz, Marquinhos meu amigo, gratidão pelas bananas e por tantas gargalhadas rsrsrs, Nonatinha que fez nosso resgate no Araguaia e nos acompanhou nesses dias maravilhosos, Calango parabéns pelo recorde de 2018, super merecido, Gama você faz o barulho da rampa, Thiago gratidão por me receber em sua casa por uns dias, Priscilla sua linda, foi magnífico te conhecer sua acolhida, obrigada por tudo, vê se não pisa mais em arraias o remedinho acabou kkkkkkkk, valeu aos Catarina que sempre voltam pra prestigiar o voo do TO e conquistas seus kms, fica o convite para visitarem Palmas também. Salsicha, foi bom demais te ver!

Dadai meu amigo, mais um recorde batido com você do lado...show de bola!!!!
E claro não poderia deixar de agradecer ao Louzada, que chegou do nada e me levou pra uma mega aventura pelo Brasil e por isso a trip não acabou em Axixá apenas!

A equipe Little Cloud que esteve presente, muita gratidão, vocês são demais:
Alone, Arthur, Neye  Eu. CB gratidão mesmo não estando presente conseguiu nos reunir finalmente e foi lindo esse encontro.

Axixá foi sensacional, e daqui pra frente vou contar um pedacinho de cada voo.
Ano que vem tô garrada lá de novo!











Foi um espetáculo!
Com amor , )( `

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Jaraguá o Retorno

PessoAR...
e vocês acham que eu iria ficar só com o gostinho de quero mais?
Nunca na vida, dei logo um jeito e voltei pra Jaraguá...kkkk

Tinha ido dia 11 na quarta durante o dia, chegamos a noite, galera nem estava tão animada, pois estava entrando uma frente fria, justamente na semana que eu tinha escolhido : (, voei esses primeiros dias só pra esquentar e dar um gás na vontade de bater o recorde.

Piloto é muito engraçado, todo dia era a mesma frase no café da manhã: Hoje está bem melhor que ontem...rs
Mas só de estar lá com a galera, sempre é um novo dia mesmo, sempre uma conquista diferente.

Jaraguá é uma cidade que se você está focado e concentrado no que foi fazer, come bem, dorme bem, e tem um bom preparo físico, é possível bater seu próprio recorde dia após dia, isso é lindo.

Mas, convenhamos, é um lugar de extremo respeito, a condição é bruta, se quer decolar as 11h, esteja preparado para pousar lá pelas 16h em diante, não queira pousar antes, pois vai sofrer consequências com a turbulência e vários Dusts.

Fui intimidada um dia pela condição, pedi pra sair da brincadeira, vou contar pra vocês.

Mas segue ai minhas conquistas deste ano de 2018 em Jaraguá em uma semana puxada e cheia de alegria e novos amigos.
Acordar sabendo que você está ali só pra voar é bom demais, todo dia é melhor ainda, mas tem que ter um preparo físico bem legal, porque é pesado!

Data 2018
Kms
12/07
31.6
13/07
79
14/07
34.6
23/07
89.8
24/07
65.5
25/07
82.1
26/07
103.2

Meus resultados vão melhorando a cada dia, pois cada dia que passa sinto mais conforto com minha vela nova Gyps 22 - Little Cloud, na realidade voei tantos anos com vela de acrobacia que ainda fica difícil acreditar na segurança extrema que minha vela me dá. E o principal gente, vejo tantos Pilotos trocando de vela igual trocam de roupa, quem faz o bom voo não é uma vela de alta performance e sim a experiência do Piloto, então me desculpe, mas não adianta pegar uma vela que voa mais e não saber colocar ela pra fazer isso e o conhecimento do equipamento é fundamental, é uma intimidade única que conquistamos com o tempo e com a prática.

E nesta última semana em Jaraguá com apoio do Werneck regulamos meu acelerador, um item que ainda ficava muito receosa em utilizar de tantos catrapos que já vi de velas aceleradas nos treinamentos em SIV, mas desmistifiquei esse tabu e meti o pé, foi uma vitória.
Tirando os voos que já comentei dos dias 12, 13 e 14 vamos aos novos deste retorno maravilhoso.

Dia 21 já cheguei no hotel e logo no café já me encaixei numa super barca, Eu, Alessandro, Matinha, Doc e Nosso resgate que era o João, valeu demais João você é muito tranquilo, ano que vem voaremos juntos.
Não tô lembrando, mas dia 21 não rendeu muito, preguei feio no pasto dos cachorros kkkk falei tanto nesses cachorros que fui pra lá, mas só o que tinha era carrapato micuim, cachorro passou longe, graças a Deus.
Dia 22 estava extremamente lateral o vento, e não animei de decolar não, galera levando uns catrapos, acabei abortando o voo, o que foi excelente, pois neste dia acabei indo passear em Pirenópolis, tirar as urucas num banhozão de cachoeira com a galera massa demais, foi muito bom, tipo foi um super day off, daqueles pra relaxar mesmo, e eu estava precisando. Querendo ou não, nossa umidade já está muito baixa e isso consome nossa energia.
Essa cidade é uma delícia.

Dia 23 estava renovada, revigorada e pronta pra fazer um bom voo. E a equipe era Eu, Alessandro e Matinha. Foi lindo demais, infelizmente o Matinha não engatou conosco, o voo foi totalmente conectado eu e Alessandro. Encontramos alguns pilotos no meio do caminho, Alessandro mais ousado sempre queria passar em lugares que eu jamais passaria sozinha, mas teve um desses lugares que falei logo: "Ai, eu não passo não kkkkk", ele voltou e passou por outro caminho, me esperou todo o voo, foi muito legal, ele poderia ter feito mais com certeza se não tivesse me esperado ou se não tivesse deixado de passar pelas roubadinhas de sua escolha, mas foi um grande parceiro, só tenho a agradecer.
Foi com certeza um novo voo pra mim, mesmo optando por desviar de alguns lugares, acabamos passando por vários que eu nunca passaria mesmo, incluindo a travessia de uma serrinha que passamos praticamente a uns 30m. Um voo extraordinário, por pouco o Matinha viria conosco.
Passamos por uma roubada sem tamanho, já sabiamos que atravessar a Serrinha logo estaríamos lascados como diz aqui no Tocantins, sem fazenda nenhuma ao redor, mas onde pousa um pousam dois ou o outro chama o resgate de um lugar melhor..rs. Conseguimos ganhar altura e sair da roubadaça e acabamos pousando em uma fazenda lindíssima bem próximo ao Morro Agudo.

Ao fundo Morro Agudo Imagem: Alessandro Vasconcelos

E o protetor solar falhou : ( olha a cor desse nariz!
Alessandro




Voaria todos os dias com essa equipe maravilhosa, gratidão por me acolherem na barca, foi sensacional!

No meu caminho sempre haverão flores!
Nosso Cerrado é lindo
Com um por do sol incrível atrás e nas luzes do farol esta majestosa árvore florida
E a poucos minutos avistamos um lindo Tamanduá bandeira, enorme.

O voo mais desconfortável que tive foi o de 65.5 do dia 24. Não sei decolei em um ciclo muito ruim.
Era o mesmo pelotão, mas eles tiraram na frente, eu perdi a termal extraordinária que estava nas antenas, aquela velha história de girar pra dentro da montanha com rajadas de vento, fico muito preocupada com isso. Nesse meio tempo as rajadas estavam bem fortes neste dia, e enquanto estava nas antenas, a termal me puxou pra dentro dela, tipo puxou a vela inteira pra esquerda, levantei as mãos e de repente o lado esquerdo estolou, fiquei a ver navios, com toda minha experiência de acro, pensei: Vou ter que esperar porque qualquer atuação eu iria piorar a situação e automáticamente lembrei que aquele lugar era o favorito dos lançamentos de reservas. E meu voo já começou assim, cheinho de adrenalina e já de olho no reserva, nesta hora achei que iria precisar.
Alessandro e Matinha já estavam na base me esperando, falei pra tocarem pra frente que eu ia demorar. Eles tiraram na mesma hora, lá não tem como ficar esperando muito mesmo em cima da montanha. Eu particularmente em Jaraguá, ganho tudo logo e vazo daquele vale.
Concentrei, consegui subi um pouco, muito turbulento o tempo inteiro, quando cheguei a uns 700m já mandei pra trás, só pra sair do caos que estava no vale. Não gosto mesmo de ficar brincando na cara da rampa de Jaraguá, lá é decolar e jogar pra trás bem rápido.
Achei que iria melhorar, mas tirei numa camada que não estava tão gostosa de voar, estava realmente muito turbulento. Na tirada comecei a perder tudo, achei que já iria pra pouso, nada mau para a situação que estava passando, mas logo lembrei do horário, se quer decolar 12h, não queira pousar 13h, você vai se matar. 
No meio deste perder tudo, bati numa termal bem turbulenta, não encaixava de jeito nenhum, demorei um pouco, nesta hora estávamos voando juntas eu e Rose, que legal, ela estava mais baixo ainda, mas conseguimos agarrar nessa termal e mandar pra frente.
No caminho que deviam ser uns 9kms apenas da rampa. Imaginem a turbulência, eu já havia olhado pro meu reserva 2 vezes, ainda pensava, né possível que vou estrear esse reserva aqui em Jaraguá. Queria mesmo ir pra pouso, já estava quase em Itaguarú e bem na roubada, porque fui voando pelas fazendas e não pela estrada.
Neste momento encontrei um pelotão, ficamos muito tempo girando girando girando girando girando girando, até que decidi atravessar o morrinho que tem lá, como no voo anterior eu tinha atravessado um a 30m, esse eu estava alto pra caramba...kkkk (#sqn), mas estava segura para atravessar  e como não não estava rendendo muito onde estava, ninguém tirava, eu acabei fazendo isso.
Passei o rádio pro resgate, que na mesma hora falou, já sei onde você está, tem um laguinho ai na fazenda. Pode ir que sei onde você está. (Pensa num excelente resgate).
Quando atravessei tinha muita fazenda e muito pasto livre, fui perdendo tudo, passei o rádio pro resgate que já estava por perto e eu perto do chão, o mesmo já havia relatado ter um vento de 25/h mais ou menos no chão, então já fiquei atenta ao pouso e vi realmente os eucaliptos bem agitados.
Estava por cima de uma estrada de terra, e já avistava o asfalto, estava bem longe, pensei, vou caranguejando em cima da estrada de terra o máximo que conseguir para ficar perto do asfalto. Já estava louca pra pousar, então tinha um monte de pasto, estava tranquilo ir caranguejando, sustentei na altura que estava, devia estar uns 70 ainda do chão, mas peguei uma descendentezinha e já estava preparando par ao pouso mesmo, até que bati numa bolhinha, mas já sabia até onde iria pousar, já tinha tirado os pés da selete, gente foi tudo muito rápido, a vida inteira falei que tirei do chão, mas depois desta, acho que de verdade, tirar do chão a 70m não é tirar do chão, mas a uns 35m sim. Queria estar filmando.
O cara que estava no centro de um pivo todo verdinho, já estava esperando meu pouso...kkkk só viu a vela ficando pequenininha de novo e um adeus, de 35 à 1500m. Sabe quando queremos realmente pousar e o negocio só sobe...kkkkk
Então fui derivando, passei uma mega fazenda e acabei chegando em Calcilândia. Estava a 2200alt, daria para atravessar a serra tranquilamente, mas eu não conhecia nada, achei a maior roubada e depois descobri que era mesmo e do jeito que o voo estava e o tanto que eu já tinha tentado pousar..rsrsr imaginem.
Passei o rádio para o resgate, relatando estar em Calcilândia e que iria pousar, ai o Alessandro chamou no rádio, já estava comigo no visual e ele estava pousado em Calcilândia, ai fui ao encontro dele e ganhei minha segunda filmagem de pouso, logo o resgate chegou e mais uma vez eu estava bem feliz com minha decisão, pois eu realmente teria pousado a um tempo atrás. Estava muito turbulento, acredito que entra boa parte do cansaço, porque alguns relataram nem estar tão forte assim e que o dia anterior estava pior, mas acredito serem os ciclos.
Sempre tentamos aproveitar todos os segundos no voo, mas hoje, confesso que é bom ter uns dias off em meio a tanto voo, o pior é que a cabeça não deixa. Sempre acordamos com a felicidade de que este novo dia será melhor.

Pouso em Calcilândia GO Imagens: Alessandro Vasconcelos
Tocamos para o próximo dia, os 82.1km
É muito divertido ficar escrevendo sobre os dias que passei voando, as lembranças fresquinhas, vão fazendo com que eu volte para dias maravilhosos, e sabe o que é mais gostoso? Lá na frente um dia vou ler isso tudo e a emoção será a mesma.

Nesse dia dos 82.1km, confesso que depositei minha fé na decolagem do  nosso querido amigo Zanetta, já sabia das suas habilidades e sabia também que este não decola por nada, ele decola para o tudo. Quando o vi decolando lá pelas 14h, sabia que ainda tinha chance de algo bom, logo já estava conectada e pronta para decolar também, decolei por volta das 14:35h junto com o pelotão do Werneck, era esse o tempo dos ciclos.
Que pelotão massa, foi um voo rápido, tranquilo como se fosse abril, pegamos uma camada superior que não descia por nada, era só tocando em frente, foi lindo. Nos separamos todos em um determinado momento. Chegando em Itaberaí o vento deu uma enganada, a galera foi sentido Americano, quando estava indo nesse rumo, perdi o ciclo bom e depois o vento virou em direção a Goiás Velho, acabei tocando em frente, já conhecia o caminho, tinha essa vontade de passar a bendita serrinha de Goiás Velho.
Estava realmente perdendo tudo, mas de repente bati num negocinho tão singelo, acabei grudando numa termalzinha fraquinha e logo chegaram dois urubuzinhos pra me acompanhare com muita paciência fui até 2000alt de novo e não tinha mais nada, deixei ir no planeio, já estava bem tarde, a lua lindíssima atrás de mim, eu tinha que pousar antes das 18h e já estava quase lá, acabei deixando me levar num planeio magnífico sentido Mossâmedes.
Foi lindo, pousei num lugar super seguro, próximo a estrada, quando cheguei na estrada, tenho tanta sorte mas tanta sorte, Deus me ama, o sol já se pondo, passa o resgate do Renatinho, gente, eu estava sem reação de tanta alegria, foi fantástico, estava radiante e rindo pras paredes, mais uma vez sem roubada, sem desgaste no retorno e voltamos nos divertindo e rindo muito após mais um empadão em Itaberaí.
No final das contas, fiquei pensando, eu lá na rampa, desmotivada por não ter decolado mais cedo, quase abortei a minha decolagem e olha o que eu iria perder, um voo delicioso de tão tranquilo, inédito nesses dias de seca em Jaraguá, não sei se ria mais do resgate, do voo ou da decisão de ir, estava tudo mais que perfeito.
Pé quente danado, viram um farolzinho no final da estrada?
Foi meu resgate, valeu galera por apertar e  me levar!!!
Equipe do Renatinho, show de bola.


E bora falar do último e tão almejado dia.
Como não tirar leite de pedra no último dia? Queria sugar tudo que tinha direito, fazer um bom voo e chegar nos 3 dígitos. Bati meu recorde "de" Jaraguá, mas o pessoal e faltou tão pouco...rs
Esse voo foi extraordinário, era eu e eu, não tinha pelotão, não tinha resgate, esse voo era só meu mesmo, e acho que isso fez toda diferença.
A decolagem estava igual loteria, nada de vento, o primeiro pelotão decolou na melhor hora e depois miou tudo, ninguém queria pregar, mas no Cerrado gente, é muito difícil você decolar e não ter nada na frente, tá tudo muito seco.
Eu já cansada de tanto sol, do lastro, pedi licença e fui pro tudo ou nada, era pra resolver logo e se pregasse, subia de novo, mas claro que não preguei, não tem jeito, meio dia pipocando tudo ali.
Decolei, comecei a afundar, mas fui pras antenas e pimba, garrei numa termal e dela não sai mais, ganhei tudo e logo tirei.
O voo foi lindo apesar de ter dado uma volta ao mundo, pois inicialmente o vento tocava para Itaguaru e de lá virou para Itaberaí...nossa cansativo. No inicio o pelotão estava massa, ai chegou o Boni, que delícia voar com meu amigo, mas em Itaguaru perdi a termal animal que ele pegou, fiquei ralando e perdi muito tempo, nos sem paramos, mas depois toquei rumo Itaberaí acelerada no máximo.
O mais legal foi tirar antes da galera e ver que tinha um paraquinha de olho no meu voo, eu tirava e na hora que rodava numa termal ele vinha logo atrás, foram duas tiradas e ele atrás, ai passamos Itaberaí, ele deu o tiro e eu não fui, optei por manter meu voo, ele ganhou no mesmo lugar que eu ganhei no dia anterior, em cima de uma plantação enorme de eucaliptos, mesmo assim mantive minha rota, acabei atrasando bastante, mas no final deu tudo certo.
Foi uma experiência incrível realmente. Neste dia conheci o verdadeiro voo de cross, que delícia acelerar no ciclo certo, na hora certa e ver as coisas ficando pra trás. Não ficava muito tempo com os pelotões que encontrava no caminho, sempre saindo antes e acelerando.
E isso com certeza fez toda diferença do meu voo, sobrevoei finalmente a cidade de Goiás Velho e vou falar, fiquei vinte minutos subindo num piriri fraquinho pra tirar a reta final, quanta vontade de bater os 100km. Foram minutos cruciais, tipo congelei meu corpo pra girar sem sair do piririzinho, nessa hora vem a resistência do corpo.
Enquanto estava girando vi que um paraca havia pousado no aeroporto, seria muito cômodo pousar junto com ele, ainda mais eu que estava tentando falar com o pessoal no rádio e não conseguia, pois todos haviam pego uma outra rota, sabia que iria pousar e não iria pegar sinal de telefone, sabia que seria difícil conseguir carona, mas fui assim mesmo, pois era meu objetivo, chegar nos 100km e faltava tão pouco.
Pousei em um lugar muito sujo de pedras, galhos, muito espinho e restrito. É muito importante ter um rastreador mesmo galera, se torcer um pé no pouso, ou acontece algo, tá encrencado. Sempre olho uma casinha por perto, mas neste dia a casinha não estava tão perto. Pousei bem, e bem perto da estrada, dobrei a vela daquele jeito, igual um furacão, pois não poderia deixar escurecer que a carona ficaria impossível, estava bem longe de Goiás Velho, nem daria pra caminhar.
(Meu sonho é pousar em Goiás Velho e ficar lá para conhecer a cidade, não foi dessa vez, mas vai ser um dia).
E na fazenda do outro lado da estrada apareceram dois garotinhos curiosos que tinham visto pouso. Ai eu que virei um cuméque. Cumeque eu vou pra cidade? Tem alguém na sua casa? Tem moto, tem carro, tem ônibus aqui? kkkkkk deixei os meninos louquinhos kkkkkk
Acabou que depois de uns 20min, um caminhoneiro parou com a benção do Sr, porque eu estava em um lugar muito ruim pra pararem e qualquer pouco que eu andasse, ficaria pior.
E de lá fui com ele até Itaberaí, show de carona, carga viva, nunca tinha andado em um caminhão desses, a´eu pergunto, quem tem mais coragem: Eu de voar, ou o caminhoneiro de levar carga viva?
Poderia ter ido direto pra Goiânia se minha amiga Sussuarana não estivesse em Itaberaí me aguardando. Amiga muito obrigada pelo resgate.

Amigos

Bençãos sempre para nossos voos!

Claro que aqui só um pedacinho, porque vieram Pilotos do Brasil todo!

Não fiz muitas imagens dessa vez, uma pena, depois até arrependo, pois decolar em Jaraguá e girar com a galera na termal de saída da rampa é lindo demais.
As vezes levo a câmera no capacete, mas esses voos longos tenho evitado, porque pesa muito e ficar pegando a câmera em voo, tira a minha concentração, as imagens ficam registradas na memória mesmo, pois daqui não tem como sair nunca mais!

Bons voos e seguros pousos.
Só tenho a agradecer ao XCerrado, pela acolhida, pela parceria, pelo evento fantástico, foi tudo maravilhoso. Estar com amigos é sempre prefeito não tem opção é diversão e pronto!

No final das contas levei pra casa prêmio da categoria serial e terceiro geral feminino...uhuuuulllllll

Por mais encontros assim!

Marcinha , )( `

segunda-feira, 30 de julho de 2018

XCerrado 3º dia de prova

Por fim, eu estava exausta, a condição estava exigindo muito, o dia continuava com cirrus e dos fortes.
O voo estava muito frio, estava voando bem agasalhada, mas mesmo assim me senti incomodada, os tês dias foram voos de um sobe e desce danado e aqui no TO também é assim, você sobe 2000 congela desce 1000 frita, voo bom pra pegar uma pneumonia.

O dia começou bem, chegamos na rampa na hora certa, já fui logo me preparando, estava conectada na rampa e o Falko decolou, já ia atrás, quando meu amigo fala que esqueceu o capacete. hummmmm achei maior sacanagem ir sem ele, fui lá e tirei o equipamento todinho e ele foi atrás do capacete, a sorte dele ter ido atrás é que ele não tinha esquecido o mesmo no hotel e sim no pouso.

Acabou que o vento estava muito lateral, foi um dia de show de horrores nas decolagens, já estava cansada, morrendo de calor e já meio triste por ter perdido a janela das 11h, fui me arrumar e decolar lá pelas 13h, De repente a rampa é fechada por todos os alunos do Samuka kkkkkk pronto, mais uma hora aguardando, nem pra colocarem duas decolagens pra eles e uma pro campeonato, ai fico pensando o cara não sabe decolar direito, voa com Samuka faz mais de 100km, com apenas um ano de voo, passa a se sentir o "Piloto" e esquece de todo o resto. Neste dia fiquei furiosa com a rampa travada e na hora que deram espaço porque a decolagem não estava pra qualquer um, eu já estava tão nervosa, ultra estressada, acabei não conseguindo decolar, o humor já tinha vazado com o vento. ai sentei e esperei a renca toda decolar, praticamente fechei a rampa, ainda dava pra voar muito, mas eu já estava no eu limite.

Quando desisti eu queria desistir mesmo de voar, mas o mesmo Piloto que encontrei e rodei junto em Itaberaí no dia anterior, me incentivou demais, foi até muito legal da parte dele, mas já era tarde, eu já estava chateada demais.

O voo foi o mais turbulento de todos os dias, talvez meu humor teve total influência nessa sensibilidade, passei por uma roubadaça sem tamanho, fui logo pela primeira estrada de terra que vi, ela ia em direção a Itaguarú,.
O cirrus estava coladinho, o voo teria que ser todo pra direita, onde estava mais azul, haviam duas clouds, uma no cirrus e uma no azul, neste momento eu estava no meio das duas e decidindo pra onde eu iria, mas o desanimo o cansaço já tomava conta. A cloud que estava embaixo do cirrus tinha asfalto, a do sol era só fazenda, mas era muita roubada e eu não estava afim nesse dia de grandes aventuras, queria mesmo era um mamão com açúcar.

Acabei seguindo a estrada de terra principal que ia para Itaguarú, passei o report pro resgate e pronto, segui em frente.

Tinha um parapente tão baixo no mesmo rumo, não tenho ideia de quem era, mas esse vou falar, foi guerreiro demais, aplaudi de tanto que ele foi baixo, ganhando e seguindo, chegamos praticamente juntos em Itaguarí, pois dei uma desviada e acabei não indo para Itaguarú. Assim que passei a cidade, já estava querendo pousar por lá mesmo, o resgate já estava no posto, eu estava cansada, o voo estava bem diferente dos outros dias, fiquei num ciclo de térmicas falhadas, nesse dia até pipa vi na base da nuvem kkkkk, achei que estava ficando doida, mas ai no final do dia com o resgate ele pergutnou: Por acaso você viu uma pipa solta? Eu comecei a rir, e falei, achei que eu estava ficando doida, mas então era real kkkkk

Assim que passei minha posição, meu rádio acabou a bateria, sim gente um erro terrível, havia esquecido meu carregador em casa, e até durou muito minha bateria: ( enfim, foi um sinal de que realmente seria melhor eu pousar, pois ficar sem comunicação com o resgate, os deixaria muito preocupados e eu também com eles sem notícias, então resolvi ir voltando, enquanto estava voltando o parapentinho que estava bem baixo ganhou tudo no mesmo lugar que eu estava e seguiu rumo à direita, que era a rota mesmo, mas extrema roubada. Inacreditável, um cirrus de escurecer o dia e a termal subindo tudo, Jaraguá é Jaraguá kkkkkkk

Enquanto eu voltava, eu tinha que dar um jeito de avisar meu resgate que estava sem rádio, e tinha que ser antes de pousar porque no pouso não pegaria meu telefone, então vou eu pegar o telefone, tirar do modo avião, achar o resgate e mandar a mensagem, nossa isso é difícil, perdi toda a concentração da estratégia de volta, mas daquele jeito, já estava pensando no pouso, acabei chegando em uma fazenda, nem acreditava que não havia animais no pasto kkkkk, os bois de lá são muito bravos, pelamordedeus. Pousei a mensagem já tinha sido enviada, eles seguiriam para buscar o nosso amigo e eu tentaria chegar no posto e aguarda-los.

Olha a confusão, meu amigo reportou pela última vez onde estava e pra onde seguia, já era final de tarde, foram encontra-lo de noite, a esposa já estava desesperada o que não é pra menos, mas ele  pousou e ficou sem comunicação, custaram a achar. E com certeza bate aquela preocupação terrível, foi tenso, estava tudo bem, ele rindo pras paredes feliz com o voo kkkkkkk e fomos chegar em Jaraguá já umas 20:30 mais ou menos.

E foi assim meu último voo, com certeza havia feito a melhor escolha.

Foi muito bom estar em Jaraguá, rever grandes amigos que me enchem de alegria. Voltei pra casa triste, a condição estava cada dia melhor e no dia do retorno que bateram nos 220km, dos sonhos.
Mas, foi um treino bem bom, pois voei o tempo todo numa condição que exigia mais, e falo uma coisa, tô na fissura e acho que vou voltar pra completar a minha prova, bater na casa dos 100 em Jaraguá!

Gostaria de agradecer aqui ao nosso super resgate, Igor. Foi muito bom te conhecer amigo e que venham outros como este.

Jaraguá 2018, uma maravilha do nosso Cerrado Brasileiro!



Pousada em segurança e feliz com a decisão


Jaraguá 2018 XCerrado 2º dia de prova

Bom dia pessoal,

O segundo dia foi demais, já estava me sentindo em casa de novo, o primeiro dia era pra reconhecimento, o segundo eu já estava faca nos dentes, muito afim de fazer meus kms e bater meu recorde pessoal de Jaraguá.
Felizmente bati o recorde de Jaraguá kkkkkkk, continuo olhando meu gado.

Na noite anterior assim que chegamos do resgate, que foi bem longo, fomos direto comer, sempre assim, chegamos sempre com aquela fome de leão. Dessa vez não enrolei muito por lá não, o pessoal fica até muito tarde interagindo, mas eu precisava descansar.
Comi e logo fui pro hotel descansar porque eu realmente queria estar preparada para o voo.
Cheguei no hotel deixei tudo pronto e logo peguei no sono.

Acordei bem animada, vocês me entendem né? Viajar para voar, não tem como não ficar animada 24h.

Tomei aquele cafezão e fomos embora pra rampa, Eu, Calango e Nonata encontrar com a trip Jaraguá CE-TO-MA. Ceará, Tocantins e Maranhão.
 O dia estava daquele jeito, entrando o cirrus forte. Mas não tinha nada que desanimasse.

Decolei cedo, junto com o segundo pelotão. Nunca acompanhava o pelotão, ainda tenho dificuldade mesmo de voar junto, pra voar junto comigo tem que ser só no olhar, a ideia tem que ser a mesma, a linha de voo tem que ser a mesma, consegui voar uma única vez assim e foi muito especial.
Acho que isso aumentou minha dificuldade em voar em pelotão.

Enfim esse voo já conhecia bem o caminho, tinha um parapente preto que nos encontramos duas vezes no caminho e foi bem legal, não sei ainda quem era, é tanta gente, tanto parapente...
Ontem mesmo conversando com a Rose ela me falou que nos encontramos também, mas eu não conheço o parapente de todo mundo, já o meu é irreconhecível kkkkkkk

Neste voo em específico foram vários encontros e desencontros, e teve um em Itaberaí, onde ganhei tudo na cidade e vi que um Piloto tirava para Americano, fui tentar também, mas só ia pra baixo, estávamos em uma camada grossa de cirrus, mas Jaraguá é Jaraguá, até com cirrus a termal é forte...kkkk. Não confiei que daria nada no sentido Americano, então voltei na termal de Itaberaí subi uns  2500alt e toquei pra Goiás Velho. Nesse meio tempo peguei o rádio pra fazer um contato com o resgate, depois de horas em voo, era pra saber a posição em que ele estava e dar minha localização. Quando liguei o rádio já ouvia o pelotão MA, TO o CE, achava que a glera estava longe, mas não, estavam logo atrás de mim, que show encontra-los, nem passava na minha cabeça que estariam por ali, ai fiquei aguardando na termalzinha fraca em Itajaí e seguimos juntos, foi muito legal.
Como falei este dia estava preparadíssima pra voar, então decolei na frente de todo mundo e mandei pro vale, nem pensei em olhar pra trás e realmente foi uma surpresa eles estarem ali junto comigo. 
Daí seguimos juntos, sustentei bem, já estava afiada na linha que seguia, e foi onde bati meu recorde de Jaraguá. 79km cravadinho.
O primeiro voo na copa cia do vento tinha sido 77.1km, depois 77.7km e agora 79km bora lá de novo, que eu quero fazer os 100 kkkkkk

Não terei muitas imagens deste evento, queria concentrar bem.

Voo do meu recorde em Jaraguá!
To be continue...
Jaraguá 2018

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Jaraguá 2018. Voltei! 1º dia de prova

Jaraguá sempre surpreendente e incrível para os treinos.

Primeiro quero agradecer ao convite de meus amigos Nonata e Carlos para esta trip, vocês são espetaculares companhias!

Começando pela melhor parte de Jaraguá, não preocupamos com aviões, o Notan está lá, e temos um teto de 3000alt, sensacional, só precisamos tocar pra frente, isso já é incrível.
Alguns Pilotos infelizmente ainda desrespeitam este teto, mas acho melhor que tenham uma consciência, pois lá é o treinamento dos aviões Caças, não dá pra brincar, e a área está sendo monitorada, por isso galera, consciência acima de tudo, caso contrário é muito fácil perder este sítio magnífico que Deus nos deu para voar.

Cheguei em Jaraguá quarta a noite dia 11, galera super animada #sqn, entrada de frente fria, que pena isso, escolhi justamente a semana da frente.

Enfim, já estava lá o jeito era aproveitar com o que eu tinha e sugar tudoooo do jeito que estava mesmo!.
Estou inscrita no campeonato XCerrado 10º Ed. Sensacional, pra quem não sabe ele será realizado praticamente todo o mês de julho, você vai e voa o dia que quiser, as provas acabaram sendo pontuadas em OLC, então o Piloto tinha a liberdade de voar do jeito que quisesse, poderia ser triangulação ou cross livre. No início achei estranho, um lugar de xc ser pontuado em OLC, mas depois achei o máximo, pois com a condição meio fraca e sem vento com a entrada da frente fez toda diferença na triangulação, foi muito massa ver a galera trabalhando em cima disso. E durante este dias tivemos lindas triangulações inclusive de 150km, muito show, ainda não treinei triangulação, sou muito novata nessa modalidade, mas logo logo estarei na atividade.

Adoro estar com os amigos, e tinham muitos por lá que não via há anos, que alegria em rever essas pessoas tão especiais que fazem parte da minha vida e claro fazer novas amizades.

Mas vamos falar de voo livre né verdade?

O primeiro dia como sempre falo é aquele de reconhecimento da condição e da área, então foi um voo pra sentir. Cheguei um pouquinho indisposta, com um início de gripe não sei, mas não tinha tempo pra deixar o corpo mole.

Fiquei muito mal acostumada com a condição da Copa Cia do Vento, estava tão limpa, visibilidade 100%, também estávamos saindo das chuvas, realmente abrindo com chave de ouro a temporada. Assim que iniciei o voo logo vi que a visibilidade estava horrível, as infelizes quiemadas já começaram, e fui tocando de acordo com o vento mesmo. Eu super acostumada com o vento que tocava pra Itaguari, acabei me perdendo neste voo, pois o vento estava variando toda hora, estava muito louca a condição, tornando mais difícil o cross. 
Um voo bem cansativo com essa variação de vento, hora voando com vento a favor, hora contra, hora de lado, canseira, aquele voo que te suga.
Mas neste dia acabei chegando em Itaguari, fiquei bem satisfeita, a galera que já estava aquecida foi mais distante um pouco. Não voei com minha equipe quase nenhum dia, ainda tenho que aprender isso: voar em equipe, mas é muita falação no rádio, todos os voos acabei tirando o rádio, porque não concentrava no meu voo. Acaba ficando chato, falava com o resgate nas últimas mesmo, ou passava a localização de quando em vez, pois o resgate já estaria a frente com os outros Pilotos, então o importante era dar minha localização final.

O bom desta competição é que você fica livre mesmo, e que você encontra com vários Pilotos no caminho, tem parapente pra tudo que é lado, neste dia estávamos todos bem próximos, não tinha muito pra onde correr, cada um seguindo sua rota, isso é maravilhoso, estamos sempre salvando um ou sendo salvos da roubada.

Minha intenção era sempre ir pra frente, mas foi incrível ver a galera voltando na triangulação.

A diversão vem em primeiro lugar, você encontrar um amigo no meio do caminho, ou um desconhecido. Genteeee!!! não tem preço, depois de horas voando, de repente você está ali na roubada e quando olha pro lado, não está sozinha, rodar a termal tirando do chão com um amigão seu que não encontrava há anos, e poder gritar um uhuuulllll na base da nuvem e ver a tirada, é lindo demais, isso já ganha o voo imediatamente o resto vem de bônus. Né Rominho? Que show foi voar com você meu amigo.

Fiquei muito feliz em poder estar ali com todos, agradeço demais o incentivo da Little Cloud, do XCerrado nas pessoas maravilhosas de Sandrinho e Rone, que sempre estão incentivando nós mulheres, aos Pilotos mais que amigos por curtirem essas emoções com muita alegria e poder presenciar as novas conquistas de cada um, isso é magnífico assistir ao vivo a alegria e a vontade do quero mais.

E como todos falam, Jaraguá é um lugar mágico, mas é necessário muita experiência para se voar ali, a natureza nos surpreende sempre, se quer começar a voar em Jaraguá e ainda não fez um SIV ou tem menos de um ano de voo, recomendo que vá antes da temporada. O voo de Jaragua exige muito do Piloto e é turbulento por ali, passar um susto, sabemos que regredimos, não vale a pena.

Abaixo está meu primeiro voo do dia 12, que foi muito produtivo apesar do cansaço da viagem, fomos dormir muito tarde e o foco é primordial para se chegar aonde você tanto almeja.

Quando estava indo pra pouso bem a frente, uns 10km haviam dois dusts enormes em um arado, e alguns urubus próximo ao meu pasto já escolhido para pouso e eles acabaram me assustando, porque se eles estavam voando por ali é porque alguma coisa ia aparecer, eu só comecei a mentalizar: "Aqui e agora não, por favor" já estava baixo demais pra surpresas, e num é que coloco meu pé no chão e começa a saquinho a voar enlouquecido em um pequenino dust, kkkkkkkkk que sorte eu tenho, ele realmente atendeu meu pedido e esperou eu pousar.

Logo apareceram os cumeques,
Como você veio parar aqui? de onde você veio? Você estava de paraquedas? Quanto tempo você faz isso? Você não tem medo?.....kkkkkk
Olha o céu...
Nunca senti tanto frio em voo.

Aprendendo sempre, cross country é muito novo pra mim.


Dividi o resgate com a galera do CE-TO-MA né amigo Calango kkkkkk. O bonde foi espetacular. Eu, Calango, Nonata, Capitão, Thiago, Falko, Roland, Du, Rominho, Igor e Ricardo. Foi show de bola estar com vocês!

Este foi só o primeiro dia...
Vem mais coisa boa por ai. Bom, a esperança é sempre a última que morre, porque na previsão era só piorar, estava vindo em nossa direção uma camada de cirrus, mas eu estava bem confiante de que tudo ficaria bem, afinal de contas, eu estava em Jaraguá.

To be Continue...

Postagem em destaque

Olá meus amigos, que maravilha estar com vocês novamente. Direto do Ceará, vou contar tudo pra vocês. Que viagem incrível. Começou em ...