E o Tom voltou para o Brasil para nossas aventuras e trips pelo Ceará maravilhoso.
Primeiro nos divertimos mais um pouco por Canoa Quebrada e depois pegamos estrada.
Que delícia dar essa notícia para vocês e conversar um pouco sobre essa maravilhosa rampa para onde nos deslocamos, a famosa rampa de Quixadá.
Foram duas viagens para este paraíso, voos incríveis. O local é simplesmente alucinante, nunca vejo ninguém falando das maravilhas de Quixadá, a não ser sobre recordes e números, mas vamos lá, vou tentar mostrar um pouquinho do nosso magnífico sertão Brasileiro que me orgulho e respeito.
Nossa vida da tantas voltas, eu jamais imaginaria estar em Quixadá no inicio de 2020...rs, que delícia de entrada de ano e quantas surpresas boas.
Como vocês sabem eu fiquei praticamente 4 meses fora de casa e boa parte em Canoa Quebrada, e lá conheci a Yasmin, um doce de pessoa, infelizmente no dia que nos conhecemos um de seus amigos havia se machucado na duna, estolando a vela um pouco alto demais, então não tivemos aquela liberdade para conversar, com tanta preocupação, mas no final das contas só um susto, graças a Deus ele não teve nada.
Com esse contato e a possibilidade de ir á Quixadá, combinei de encontra-la e ela nos apresentar a rampa, estávamos eu e Tom, ambos para testar o URUBU (lançado agora em março).
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Yasmin e Eu (Valeu pela receptividade) |
Bom, chegamos a noite na cidade.
Depois de quase dois meses só em Canoa, fiquei simplesmente maravilhada, achei Quixadá enorme, me surpreendeu a beleza da cidade, porque quando as pessoas falam do sertão e mostram fotos, com certeza eu tinha outra impressão do luga, pensava ser um vilarejo.
A recepção pra lá de especial com Yasmin, nova Piloto local, por incrível que pareça ela tinha feito seu primeiro solo a pouquíssimos dias. Gratidão Yasmin pela atenção.
Parecia um sonho estar em Quixadá e poder curtir cada pedacinho com o máximo de tranquilidade. A condição bem instável, como todos sabem essa época começam as chuvas e vem o nosso lindo Quixadá verde.
Conseguimos decolar e fazer um super voo local, porque a condição estava bem fraca, e aqui entra meu parecer sobre o URUBU, com meu primeiro voo da montanha. Já estava brincando a uns dias com esse glider na praia, mas voar da montanha e com térmicas foi uma sensação deliciosa.
É um equipamento extremamente leve, um glider classificado na categoria C de extrema segurança e simplesmente delicioso de se voar. Voei bastante, quero dizer, flutuei bastante, porque ele simplesmente não desce.
Aprendi muito com a vela Gyps 22, voei em 2018 quando escolhi voar Little Cloud, ela é categoria D, mas a diferença deste novo projeto me surpreendeu, tanto na velocidade, desempenho, planeio, o flutuar, ela simplesmente não afunda gente, mesmo, é impressionante, ficamos os dois voando juntos, um teste diferenciado, porque Tom voou o 24, no limite máximo de carga alar do glider e eu voei o 22 com a carga alar no mínimo do glider e ambos apenas flutuavam, foi incrível.
Conseguimos voar neste dia em Quixadá, vento muito fraco, mas voamos alto, curtimos adoidado aquela pedra gigantesca e imponente, e pousamos em Juatama, que delícia de reconhecimento da área e do equipamento. Neste pouso conhecemos o Dileone e acabamos combinando de possivelmente voltar e desfrutar melhor do local.
No outro dia fomos convidados a conhecer a rampa de Juatama, subimos cedo, rampa maravilhosa, mas o vento estava extremamente forte e lateral, não demoramos muito nos ares, mas foi uma excelente experiência.
Esta rampa fica dentro do Hotel Pedra dos Ventos, paga-se uma taxa para quem quiser subir e decolar de lá, também precisa autorização do responsável da área para poder entrar.
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Voo em Juatama |
Não muito satisfeitos retornamos para Canoa apenas com esse voo, queríamos mais de tão lindo que é esse paraíso, eu simplesmente fiquei fascinada com a Pedra da Galinha Choca, falei que voaria sobre ela quando voltasse. A condição realmente não ajudou no outro dia estava chovendo de novo, então resolvemos voltar pra Canoa, passamos uma semana mais em Canoa. De lá resolvemos conhecer a Ponta do Mel mas essa eu conto mais a frente, porque nós voltamos para Quixadá : )
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Go to Quixadá again! |
Quem nos recebeu dessa vez foi Dileone, e fizemos um delicioso voo, desta pois a condição contribuiu bem para nos divertirmos.
Primeiro dia voamos para a Pedra da Galinha Choca, tinha pensado nesse voo quando vi a Pedra e a represa, mas nem imaginei que realizaria tão rápido.
Que lugar lindo, meu sonho realizado, neste dia eu estava com meu Gracchio 21, Tom testando seu projeto novo B Low e Dileone experimentando o URUBU 24, foi lindo demais.
Esse voo atravessando o vale atrás do pedroco que decolamos, é simplesmente fabuloso e surreal.
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Nos sobrevoamos a Pedra da Galinha Choca, lindo! |
E no outro dia era certo o cross country, Tom com URUBU 24, eu de Gracchio 21 e Dileone com seu glider antigo. O vento estava mais fortinho para decolar, térmicas até de 7m/s.
Que voo mais gostoso, dia de fazer 100km, mas optamos por seguir o asfalto, foi uma boa escolha pela facilidade do resgate, mas poderíamos ter voado bem mais neste dia.
Acabamos voando com o vento lateral todo o tempo, um voo que acho muito pesado, mas foi magnífico, Dileone queria pousar em Quixeramobim, no meio do voo me conta que o resgate tinha compromisso as 18h kkkkkk morri de rir né? Eu disse, tudo bem você pode pousar em Quixeramobim, eu e Tom vamos continuar um pouco mais.
O voo estava lindo, passamos por um rio seco, cheio de plantações, realmente não tem rio que aguente no sertão e ainda com plantações.
Foi um voozinho lento, mas muito especial.
Pousamos na última cidadezinha do asfalto, pois depois era uma monte de roubada, ai sim o resgate não chegaria no compromisso das 18h.
Pousamos na parada mil, em uma fazenda, o resgate Erinaldo, também Piloto local quem fez nosso resgate, já estava embaixo nos esperando, sucesso completo, dia perfeito. (Ei Dileone, era mesmo o Erinaldo quem tinha compromisso? kkkkkk)
Infelizmente no outro dia ficou bem cinza, nuvens enormes, optamos por pegar a estrada de volta pra Canoa, porque Canoa gente, tem voo todo santo dia.
Sou muito grata por ter conhecido Quixadá em uma companhia tão agradável.
Antes de partirmos deixamos mais um integrante desta linda família Little Cloud Paragliders. Bem vindo meu amigo Dileone, que façamos muitos e muitos voos maravilhosos e divertidos por esse Brasilzão e pelo mundo!
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Dileone, Tom e Eu. |
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Belezas do sertão |
Mais uma aventura pelo Brasil, pura diversão sem competição!
Voando pelo Brasil com Thomas Bourdeau.
Com amor: Marcinha Finelli